O vitiligo é uma doença de pele, em que ocorre uma destruição seletiva dos melanócitos, que são as células que produzem a melanina, substância que dá cor à pele. Com isso, surgem manchas brancas de tamanhos variados que podem se localizar em qualquer parte do corpo, inclusive mucosas e/ou pelos.

O vitiligo não compromete nenhum órgão interno, não é contagioso e não traz prejuízo a saúde, mas pode exercer efeito importante na qualidade de vida dos pacientes por causa da natureza visível de sua condição.

Algumas formas de vitiligo podem estar associadas a outras doenças autoimunes como doenças da tireóide, anemias, alopecia areata e diabetes.

É frequente a observação de fatores emocionais como precipitantes da doença nos indivíduos predispostos, assim como é de grande auxílio o cuidado psicológico adequado para o sucesso terapêutico.

O cuidado para evitar traumas e fricção na pele pode ajudar a evitar um estímulo para surgimento de novas lesões em alguns casos (fenômeno de Koebner). Medicamentos tópicos são indicados como primeira linha de tratamento e, nos casos em que não se obtém resposta satisfatória ou com lesões muito extensas no corpo, a fototerapia é avaliada como opção para auxiliar no estímulo de repigmentação. Em algumas fases de maior atividade da doença, pode ser necessário uso de alguns medicamentos orais, com o intuito de parar a progressão, mas sempre deve ser feito com acompanhamento médico rigoroso. Existem técnicas cirúrgicas que podem ser utilizadas em grupos selecionados, com lesões localizadas e estáveis.

A maioria dos casos atinge as melhores taxas de repigmentação com uma combinação de tratamentos, que são indicados pelo dermatologista a depender da localização, extensão de acometimento e fase da doença.

 

Referências:

 

Dra Daniela Chaves Tarquinio – Dermatologista

CRM SP 114921  RQE 32619