Atualmente, existem alguns métodos de remoção de tatuagem que se mostram eficazes. No entanto, o Laser tornou-se o tratamento de escolha, pois proporciona uma alternativa eficaz, de baixo risco e com menores chances de cicatrizes inestéticas na pele.
Os lasers mais indicados para remoção de tatuagem são os chamados Q-switched. Neste tipo de tecnologia há disparos de grande quantidade de energia em pulsos extremamente rápidos (nanosegundos). Desta forma, o pigmento é fragmentado em pedacinhos muito menores dentro da pele para depois ser eliminado através da absorção pelo seu sistema imunológico.
A luz do laser é muito bem absorvida pela maioria dos pigmentos das tatuagens, porém a remoção completa de uma tatuagem exige vários tratamentos.
O número de sessões depende, na maioria das vezes, de algumas variáveis como: o tamanho da tatuagem, localização, tipos de pigmentos utilizados, se a tatuagem é profissional ou amadora e também há quanto tempo ela foi feita. As tatuagens com cores mais escuras como azul ou preto respondem melhor ao laser do que aquelas com cores claras, de baixo poder de absorção, como o amarelo e o verde claro.
Geralmente, são necessárias várias sessões; em torno de 10 para as escuras e 15 para as coloridas. É necessário respeitar um intervalo de aproximadamente 45 dias entre elas, para que a absorção do pigmento fragmentado ocorra.
A segurança neste tipo de tratamento é muito grande, pois o laser seleciona o pigmento da tatuagem sem danificar a pele circundante. Apesar desta seletividade, após as aplicações sempre haverá formação de um “machucado” na pele, que se traduz em inchaço, crostas e, às vezes, pequenas bolhas, que cicatrizam, em média, em 10 dias.
Embora seguro, é preciso um conhecimento detalhado em dermatologia, habilidade e experiência do profissional na área de laser, para que esta segurança realmente se mantenha.
Algumas complicações são inerentes ao tratamento, como pequenas alterações na cor da pele da área tratada. Outra possibilidade também, é a formação de cicatrizes hipertróficas ou quelóides. Isso deve-se principalmente a capacidade de cicatrização, que é individual de cada paciente, mas que, felizmente, é pouco frequente.
Dra Vani Miranda Moscardini – Dermatologista
CRM SP 54699